terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Prisão criativa!

        


Uma mente vazia, seria uma pequena ironia, já que ela não para de pensar.
Seus pensamentos correm como o vento, onde sua presença só se faz ao assoprar.
Seus sonhos são delicados, como pequenos cristais amarrados na ponta de um penhasco, a brilhar.
Suas esperanças são como pequenas águias, que são fortes em muitos momentos, mas que chegam no exato tempo de se renovar.
Seus amores são pequenos roedores que gostam de correr se esconder e voltar.
Seus medos são como esqueletos que lhe assombram e não combinam com uma sala de estar.
Suas memórias são como o sol que se põe e vai-se embora, mas que no fundo estão sempre ali, preparados para voltar.
Suas metas são como suas próprias dietas, que passam pela sua cabeça, mas não tornam a voltar.
Suas expectativas são como parasitas, que lhe sugam toda e qualquer vida, apenas para os sorrisos lhe roubar.
Suas pequenas intrigas que lhe geram discussões imaginativas e que nunca irão de realizar.
Seu ego irredutível, que lhe faz querer ser o impossível e não se contenta nem com a possibilidade de conseguir tentar.
Mas acima de tudo sua criatividade, que transforma tua magoa em respostas não amigáveis, apenas para se proteger de não quebrar. Esta mesma que transforma o seu sentimento, em um ritmo ou movimento para que possa se expressar. Essa que não passa despercebida e que quer criar para a própria vida, uma maneira de criar. Essa que lhe cria e lhe reinventa, que é bruta ou calorenta, tudo depende do que você quer criar. Essa que te faz diferente do comum, que te faz conta o normal e te guia para o bem e para o mal. Essa que irá criar com certeza, uma forma de beleza que irá realmente de agradar, ou apenas encontrará o laço da venda violenta, que lhe tampa a oportunidade que lhe tenta, de tentar lhe enxergar.(Mayra Turquetto)

A que ponto chegamos?



Onde esta no ser humano a capacidade de se livrar do medo, de se livrar das coisas fúteis que tem sido forçadas, dia após dia, em suas cabeças para que vocês parem de pensar e passem apenas as aceitar. Aceitar e temer. Aceitar tudo o que lhe é jogado e temer tudo o que lhe seja mostrado.
A que ponto chegamos onde o que predomina na sociedade é o egoísmo humano?
A que ponto chegamos?

Talvez a confusão mental entre entender onde começa o ego e onde termina o "normal" seja o ponto mais crucial dessa estória toda.
Talvez a idéia de que questionar todos os paradigmas implantados seja apenas alguma coisa de alguém drogado ou fora de sua sanidade mental. 
Vivemos em um mundo onde perguntar violenta e saber é o que te faz ganhar mais. Mas não o saber de informação e de novas descobertas, mas sim o saber de algo que possa prejudicar o outro em sua subida e que ele o acoberta. Aquele saber indigno que faz o próprio dono da informação ser o seu maior vilão. Aquele saber desfigurado, onde tudo é pecado e ninguém tem salvação. 
Não importa o quanto o tempo passe, enquanto cada ser humano não parar para se questionar e saber começar a lutar, tudo isso será em vão.
O mundo precisa de perguntas e respostas, mas também de pessoas que saibam o valor de uma questão valiosa e que pense em compartilhar apenas pelo bem coletivo. Ele precisa de mais pensamentos intuitivos e de mais pessoas que possam meditar. Ele precisa de mais gestos amorosos, mais adultos generosos e menos gente com medo de amar. Ele precisa sentir que de repente, nada do que possa surgir eventualmente, possa lhe tirar do lugar. Ele precisa da segurança de que ele é perfeito, pois a perfeição é exatamente a junção de todos os defeitos com o amor e a humildade de aceitar. 
E o que é aquilo que damos no momento, possa realmente vir a mudar, para que o mundo se transforme na maior e mais bela energia e que o único centro de desentendimento seja o de qual ser abraçar.(Mayra Turquetto)