sábado, 20 de abril de 2013

Desabafo Noturno





As vezes eu fico me perguntando onde foi que essa corrente absurda de medo e insegurança começou...
Eu fico procurando em qual momento as pessoas decidiram simplesmente deixar seus medos tomar conta delas, e isso conta para tudo.
É incrível o como eu tenho observado pessoas simplesmente OBCECADAS umas com as outras, quando na verdade estão obcecados apenas com a idéia do meu.
"MEU computador", "MEU celular", "MEU namorado", "MEU amigo", falo porque eu mesma já me peguei falando isso e não tenho nem como justificar. É uma corrente tão forte essa que se você não começar a prestar atenção, você simplesmente não consegue nem ao menos enxergá-la. Mas vamos citar exemplos: Já reparou naquele momento em que você se pega olhando pro nada, pra ninguém em geral, quando de repente se toca e uma pessoa já começa a puxar a outra pelo braço e te dando olhares mortais?! Ou quando você esta no face, achou uma foto bonita - porque SIM, nós seres humanos somos atraídos por beleza, e é assim que a banda toca - e vem aquele ser, que as vezes nem é NADA seu e solta aquele comentário "você viu aquela foto do fulano?!" e fica ali esperando sua resposta seja ela qual for, porque a intenção esta claro em criticar ou apenas ser ácido com você pelo simples fato de você ter achado alguma coisa interessante em uma simples imagem. Pois é. Isso acontece. Ou melhor ainda, aquele momento em que você esta com seus amigos, chega alguém que você conhece, vai cumprimentar, da risadas, troca uma idéia e quando você volta para eles, alguém esta com cara de bosta pelo simples fato de você ter conversado com aquela pessoa. POIS É, já passei por essa também, em AMBAS as posições. E é exatamente por isso que eu estou aqui comentando, porque eu tenho notado o quanto o medo ou a insegurança levam as pessoas ao fundo do poço. Tenho visto tanta gente, e até mesmo parte de mim, falando ou pensando: "ninguém te contou?! a vida não é justa!", então eu cheguei a uma simples conclusão: A VIDA É SIM JUSTA E MUITO! E porque eu cheguei a essa conclusão, bom vamos lá, voltando a parte da insegurança e do medo...uma pergunta: "você nasceu incompleto?". Ok, duas perguntas: "sua mãe quando te pegou no colo disse: 'pronto,criei uma metade que um dia vai ser metade de alguém, porque coitado, é só metade'?". Uma terceira pergunta e chega: "você se sente incompleto?". Bom minha versão dessas respostas...Primeiro: eu não nasci incompleta, segundo: minha mãe disse que eu era uma bebê perfeita (e não, não estou me achando) e terceira pra finalizar: sim e não. Vou explicar o porque da resposta dupla pra essa ultima pergunta: Não, porque eu me sinto bem comigo, me sinto inteira de certa forma, me sinto viva e me sinto bem, por tanto não fico andando por todo canto dizendo: "Hey, alguém ai viu minha outra metade?!". E sim, pelo fato de que eu ainda não vivi, nem absorvi tudo o que eu acho necessário e/ou tive vontade. Então basicamente minha crença é essa: eu ainda tenho muito para viver, muito para aprender e muito para conhecer, então nesse meio contexto inclui pessoas, lugares, ensinamentos, lições, práticas, sentimentos entre outras várias coisas. O fato é que eu ainda não me sinto totalmente completa, porque eu ainda tenho muito o que aprender, e acredito que a principal e mais difícil de todas as lições é a que eu estou começando a aprender agora: "Nada e nem ninguém é de ninguém". Fato simples: o que é material um dia acabado, o que é sentimento um dia a gente supera e nós somos de nós mesmos. Sim, somos pertencentes a nós. Um dia me disseram que só o conhecimento é o que levamos conosco, mas eu desacredito. Acho que a partir do momento em que nós agimos, conversamos ou até mesmo adquirimos conhecimento, estamos extraindo de algum lugar esse determinado conhecimento, então de algum lugar ele certamente vem, por tanto não seja egoísta ao ponto de dizer que isso é só seu. Sim, somos seres diferentes e por isso aprendemos de forma diferente, mas isso não significa que somos incapazes de compreender outro alguém ou o raciocínio dele. Bom, o fato é que tenho notado o quanto as pessoas deixam de explorar tudo aquilo que o mundo e tudo ao nosso redor é nos disponibilizado, seja abrindo mão da sua própria liberdade de escolha por medo de perder(como é o caso que mais tenho visto) ou pelo simples medo de tentar, ou pelo fato de já ter acostumado a sentir medo e não conseguir sair de um problema ou até mesmo nem conseguir encontrá-lo. Bom, no meu ponto de vista, e acredito que alguém na face dessa terra ou de outras possam concordar, as pessoas precisam arriscar mais. Não só arriscar eu acho, mas também lutar mais, se machucar mais, se fechar mais e depois se abrir mais. Testar seus limites, não se conformar com coisas apenas pelo fato de ter se acomodado a elas. Não obrigar alguém a carregar o fardo de ter que te trazer a felicidade, quando você mesmo não busca por ela. Enfim, todas essas coisas. Nós temos que parar de sentir medo e confiar na vida. Confiar em Deus, confiar em si mesmo, confiar em tudo. Sim, temos que despertar esse espírito de confiança de algum lugar. Precisamos lutar contra o medo e não apenas se acomodar a ele! Precisamos nos unir e dizer: "Olha eu sei que você vai falhar um dia e eu realmente vou compreender, porque eu também vou falhar". Sim, os seres humanos falham, TODOS FALHAM! E não é errado falhar. Temos que enxergar que falhar é bom, que falhar é aprendizado e que se nem você e nem ninguém falhar, ninguém vai aprender. Somos seres inconstantes, seres incontroláveis, seres livre para pensar, fazer e sonhar. Somos seres e não objetos para termos dono ou tempo de duração. Somos eternos, somos e sempre seremos herança. Basta você olhar para você mesmo e dizer: Vou ser uma pequena herança que nunca errou porque sentiu medo, ou vou ser uma herança enorme, porque arrisquei, errei, aprendi, vivi e hoje tudo o que eu passei faz parte do universo e vou deixar para alguém essa marca das minhas memórias e de onde eu vivi.
Seja uma herança generosa.
Seja generoso com você mesmo.
VIVA!(Mayra Turquetto)